7. Novos tipos de influenciadores
Se você ainda está tentando entender como os influenciadores digitais têm tanto poder, está na hora de se atualizar logo para acompanhar os novos perfis de influencers que estão surgindo por aí.
O marketing de influência já não é novidade. Faz anos que os influenciadores estão divulgando produtos e associando sua imagem às marcas. Mais recentemente, muitas empresas aprofundaram essa relação transformando influenciadores em embaixadores, que se tornam a cara da marca em parcerias de longo prazo.
Em 2021, vimos surgir também novos tipos de influenciadores. Os atletas se tornaram influencers, especialmente com nomes como Rebeca Andrade (da ginástica), Douglas Souza (do vôlei) e Rayssa Leal (do skate). Não que isso seja uma novidade, mas as Olimpíadas de Tóquio alavancaram esse tipo de influenciador.
Outro tipo de influenciador que ascendeu são os virtual influencers. Eles não são de carne e osso, mas já estão nas campanhas das marcas e na admiração dos usuários. Perfis como Miquela, noonoouri e, no Brasil, a SATIKO, já têm milhares de seguidores e parcerias com empresas. Em 2022, esse tipo de perfil deve crescer ainda mais.
Mas o marketing de influência não se faz apenas com grandes nomes e perfis com milhares de seguidores. Outro tipo de influenciador que cresceu neste último ano foram os próprios colaboradores das empresas.
Sim, a solução pode estar dentro de casa! Seus colaboradores conhecem a sua empresa, incorporam a sua cultura e podem influenciar sua rede de contatos. Mesmo que sua audiência seja pequena, o poder de influência é grande.
8. Diversidade e inclusão no marketing
Trabalhar com diversidade e inclusão é um compromisso que o marketing deve assumir. Philip Kotler, ao desenvolver o conceito de Marketing 3.0, já avisava às marcas: o consumidor não quer mais apenas comprar — ele quer que você defenda causas, assuma compromissos com o planeta e gere impacto positivo na sociedade.
Muitas marcas já assumiram esses compromissos em suas campanhas. Criam anúncios que incluem pessoas negras e indígenas, que se posicionam a favor de pessoas LGBTQIA+, que defendem os direitos das mulheres. Sim, essa já é uma grande evolução no marketing!
Porém, os consumidores querem mais. A diversidade e a inclusão devem ir além do que mostram as câmeras. Nos bastidores das empresas — ou seja, na gestão, no quadro de funcionários, no desenvolvimento de produtos —, devem estar pessoas de diversas origens, religiões, cores, etnias, gêneros, orientações sexuais, capacidades e outras diferenças.
Se o marketing for apenas cosmético, a marca perde credibilidade. Dependendo da gravidade da situação, pode parar no agressivo julgamento das redes sociais.
Por outro lado, uma gestão diversa e inclusiva, que se reflete no marketing, conquista não só consumidores, mas também admiradores e defensores.
Isso é ainda mais evidente entre as gerações mais novas. No gráfico abaixo, de uma pesquisa da Deloitte, você pode ver que pessoas de 18 a 25 anos prestam mais atenção à publicidade inclusive na hora de tomar decisões de compra.
Além disso, a esmagadora maioria (94%) de consumidores da Geração Z — nascidos entre 1995 e 2010, aproximadamente — espera que as marcas tomem uma posição sobre questões sociais.
O papel do marketing é essencial para isso, desde que não seja apenas pensando na imagem da marca. As equipes precisam fazer um esforço no processo de criação para enxergar e abraçar a pluralidade.
O Think With Google sugere, por exemplo, dar visibilidade às “buscas invisíveis”, que revelam o que algumas minorias querem encontrar na internet e resolver na sua vida. Nas pesquisas de palavras-chave, você pode identificar essas necessidades e produzir conteúdos que atendam esses consumidores.
Além disso, entenda como interagir com as comunidades, mas não de maneira impositiva. Em 2022, as marcas devem procurar soluções de marketing que conversem com os públicos de maneira inclusiva e dialogada para serem relevantes para as pessoas.
9. A urgência da responsabilidade ambiental
As questões climáticas não são apenas uma preocupação para o planeta — elas já são uma emergência. Já faz anos que os especialistas alertam as grandes nações sobre a necessidade de frear a emissão de gases poluentes e evitar a destruição do planeta.
As empresas também já sabem que devem assumir compromissos com o meio ambiente, não apenas no discurso do marketing verde, mas principalmente na prática, nos processos, na essência dos seus negócios. Assim como as questões sociais, os consumidores também valorizam empresas com compromissos ambientais.
Portanto, mais uma vez, não estamos falando de algo novo. Porém, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), realizada entre outubro e novembro de 2021, mostrou que não dá mais para adiar as medidas de preservação do planeta.
No contexto da COP26, grandes anunciantes do mundo inteiro cobraram os gigantes da internet para evitar que disseminem fake news sobre as mudanças climáticas. Em outubro, o Google já havia anunciado que baniria anúncios negacionistas sobre o clima em suas plataformas, inclusive o YouTube.
Por isso, em 2022, as empresas não vão mais poder fugir desse tema. Sustentabilidade não é mais apenas separar o lixo reciclável — é o compromisso com a produção sustentável em toda a cadeia de valor.
Portanto, é também um compromisso do marketing, que deve transparecer para o consumidor os valores que a marca defende e a mensagem que deseja passar. É preciso contar uma história autêntica sobre os seus compromissos com o meio ambiente.
Nesse tema, a Patagônia é uma das marcas mais ativistas. A responsabilidade ambiental faz parte do DNA da marca.
São diversas ações em prol do meio ambiente, desde a produção de conteúdos em vídeo, como o filme We The Power (que você pode ver logo abaixo), até medidas políticas, como o boicote à publicidade no Facebook, por espalhar desinformação sobre as mudanças climáticas.
É papel do marketing gerar valor para a sociedade como um todo, não apenas para a imagem e os lucros da empresa. Por isso, a responsabilidade social e ambiental deve ser central para os negócios, em um processo que vem sendo chamado de ESG (Environmental, Social and Governance).
10. Exploração do metaverso
Por fim, vamos falar de uma palavra que tomou as discussões do mercado digital e chegou até a ser reportagem no Fantástico: o metaverso.
Embora o conceito não seja novo — nem na teoria, nem na prática —, foi Mark Zuckerberg quem colocou essa palavra nas conversas do mundo inteiro. Em outubro de 2021, o criador do Facebook anunciou que sua empresa passaria a ter um novo nome: Meta, em alusão ao metaverso, que é a nova realidade que ele quer construir.
O metaverso representa um momento das nossas vidas em que o digital vai ser mais importante que o físico. Embora pareça futurístico, essa realidade já faz parte do nosso dia a dia — por exemplo, quando damos mais importância para a nossa imagem nas redes sociais do que na vida real…
Na prática, o metaverso é um tipo de universo virtual, que engloba tecnologias de realidade virtual, realidade aumentada, inteligência artificial e, é claro, a internet. Algumas plataformas, especialmente de games, já operam com esse tipo de tecnologia.
E é nesse novo universo que as marcas vão começar a operar. Se a vida passa a acontecer em uma realidade virtual, é lá que as marcas querem estar. Por isso, 2022 e os próximos anos devem ser um momento de exploração desse novo território.
Os influenciadores virtuais, que vimos anteriormente, podem ser um caminho para isso. O social commerce, que também já vimos neste artigo, deve encontrar novas oportunidades de vendas no metaverso.
Mas muitos outros espaços de mídia e relacionamento devem surgir, principalmente em experiências imersivas para o consumidor, integradas com entretenimento.
Vai ser o ano dos primeiros passos de muitas marcas nesse novo universo. Outras marcas, por outro lado, já estão explorando o metaverso. É o caso da Gucci, que criou uma experiência de marca na plataforma de games Roblox — o Gucci Garden Experience.
Portanto, o futuro, embora imprevisível, vai trazer muitas novidades em 2022. Quem trabalha com marketing já sabe que essa área é dinâmica e veloz, mas o avanço das tecnologias e do comportamento do consumidor está acelerando ainda mais as mudanças.
O que você achou deste conteúdo? Vai implementar alguma nova estratégia no seu negócio neste ano? Não se esqueça de seguir a gente nas redes sociais Facebook e Linkedin para mais conteúdos assim.